Afinal,
chegamos em 2013. E agora? Fico imaginando como preencher as páginas em branco
de um ano que nem deveria existir. O mundo não acabou e nos tornamos uma
geração de sobreviventes. Sobrevivemos ao nada, a uma catástrofe imaginária. Me
pego pensando no que mudou depois de tudo isso e a resposta é: NADA!
Quer dizer, nada não. Ron Hubbard, que fabrica abrigos subterrâneos, disse ter visto uma explosão no seu negócio. “Passamos de um por mês para um por dia”, disse. Os abrigos fabricados pela empresa de Hubbard, devem ser enterrados a, no mínimo, 8 metros de profundidade e o mais barato sai por 15 mil dólares. Isso me faz pensar se essa história toda não é um plano maquiavélico dos fabricantes de abrigos subterrâneos para dominar o mundo, ou ao menos vender um pouquinho mais já que 1 abrigo de 15 mil dólares por mês, fora o custo matéria prima, mão de obra, impostos, perfuração do solo...não dá nem pro cara passar o mês.
Quer dizer, nada não. Ron Hubbard, que fabrica abrigos subterrâneos, disse ter visto uma explosão no seu negócio. “Passamos de um por mês para um por dia”, disse. Os abrigos fabricados pela empresa de Hubbard, devem ser enterrados a, no mínimo, 8 metros de profundidade e o mais barato sai por 15 mil dólares. Isso me faz pensar se essa história toda não é um plano maquiavélico dos fabricantes de abrigos subterrâneos para dominar o mundo, ou ao menos vender um pouquinho mais já que 1 abrigo de 15 mil dólares por mês, fora o custo matéria prima, mão de obra, impostos, perfuração do solo...não dá nem pro cara passar o mês.
Um
saco esse papo de fim de mundo. No fim das contas não vou ter nenhuma história para contar para
os meus netos, nenhum ato heróico da minha parte, nenhuma demonstração da minha
força e coragem. Nem mesmo uma historinha bonitinha com lição de moral onde, no
final, o amor, a família e a união dos povos salvaram o mundo dando uma chance
para que a nova geração nascesse. Nadinha!
A
verdade é que o ser humano adora esse papo de fim de mundo. As pessoas
acreditam até em teorias desmentidas pelos cientistas. Mas isso porque, segundo
o sociólogo Edgar Morin, a mortalidade é um dos aspectos mais essenciais da
existência humana. Tem também uma jogada
religiosa no meio, claro. Marcelo Gleiser, físico que escreveu o livro “O fim
da Terra e do Céu” diz que para aliviar o medo e a dor de perder uma pessoa
amada, as religiões transformam o fim da vida humana em um evento que vai além
da capacidade de um corpo continuar a funcionar. Até no fim a humanidade dá um
jeito de fazer virar festão.
Brincadeiras
a parte, esse medo de um fim próximo é tão grande que não inspirou apenas
profetas. O físico Isaac Newton passou parte da sua vida tentando datar eventos
bíblicos, tentando encaixar as profecias na história da humanidade. Mas essa não é a primeira vez que o mundo chega perto do fim. O site da
Business Insider identificou outras 10 previsões de fim do mundo que não se
concretizaram.
Confira abaixo as cinco MAIS
RECENTES:
1 – A Ruptura (2011)
Em 2011, Harold Camping,
presidente da rede de rádios Family Radio Network, disse que o mundo acabaria
em maio daquele ano com uma série de terremotos, o que ele chamava de A
Ruptura.
Muita gente acreditou na
história. A CNN mostrou algumas dessas pessoas e o colunista John Avlon não
perdeu a oportunidade de fazer uma piada sobre a teoria: “os Baby Boomers
[geração nascida após a 2ª guerra, até 1964] estão envelhecendo, enfrentando
sua mortalidade, e acham que quando eles acabarem, o mundo tem que acabar
também”, brincou.
Maio de 2011 chegou e, como é
possível comprovar hoje, o mundo não acabou. Diante da previsão não
concretizada, Harold Camping estimou uma nova data: outubro de 2011. Mais uma
vez, o profeta decepcionou.
2 – Bug do milênio
Com a virada do ano de 1999
para 2000, ninguém sabia ao certo o que poderia acontecer com o mundo da
tecnologia. Alguns especialistas afirmavam que um bug poderia acontecer nos
computadores ao redor do globo com a mudança de data, já que as máquinas
poderiam ler o final 00 como 1900, e não 2000. Algumas pessoas, porém,
interpretaram essa possibilidade como um possível impacto tecnológico universal
de grandes proporções.
3 – O Efeito Júpiter
Em 1974, os astrofísicos John
Gribbin e Stephen Plagemann publicaram o livro chamado The Jupiter Effect, ou O
Efeito Júpiter, em tradução livre para o português.
O livro dizia que uma série
de catástrofes poderia acontecer em março de 1982, após o alinhamento dos
planetas com o Sol. Mais uma vez, nada de catástrofes ou fim do mundo.
4 – Uma data errada, seguida
de três outras mais
Segundo a Business Insider,
Herbert W. Armstrong, fundador da Worldwide Church of God (Igreja Universal de
Deus, em português), avisou para seus seguidores que o mundo acabaria em 1936 e
apenas eles seriam salvos.
Nada aconteceu naquele ano, e
Armstrong corrigiu a data: 1943. Com o novo erro, o profeta mudou o ano para
1972 e, em seguida, 1975. Nenhuma das quatro projeções foi certeira.
5 – Armagedon
Em 1876, Charles Taze
Russell, fundador do Testemunhas de Jeová, disse que Cristo voltaria para a
Terra em 1914, o que causaria o Armagedon. Segundo a Business Insider, após o
erro, os seguidores já teriam previsto outras sete datas para o fim do mundo, e
todas falharam.
Bom, passamos por mais um fim
de mundo e agora só nos resta imaginar como será o próximo. Por hora o que
posso dizer é que para acalmar os corações mais afoitos receito uma dosezinha
de alambique e uma conversinha com o Dr. Michio Kaku, cientista americano
conhecido como o físico do impossível.
O tal Kaku, explica que a
Terra não será destruída pela colisão com um asteróide, nem pela atração por um
buraco negro, nem mesmo uma grande explosão solar. (Que tem um buraco negro nos
sondando nessa Via Láctea, tem, mas existe uma órbita estável ao redor dele, o
que me deixa muito mais tranqüila.)
Outra coisa que o Dr. Kaku
falou e que me deixou bem mais calma foi que, embora o fim da Terra seja
inevitável, porque, ao contrário do que a comunidade científica pensava
anteriormente, o universo está se expandindo muito rápido, fora de controle
(nessa hora chega respirei de tão aliviada). Enfim, o Big Bang não cessou, só
diminuiu sua velocidade. Então o universo nunca parou de se expandir e chegará uma
hora em que a Terra ficará tão longe do Sol que não haverá luz por aqui.
Morreremos em gelo e não em fogo, o que é um grande conforto para mim já que,
sabendo disso, não preciso mais quebrar a cabeça imaginando um jeito de gelar a
cerveja que guardo no meu abrigo subterrâneo, entre a maleta de poker e uma pilha de mangás do Naruto.
Enquanto isso vamos levando a vida, de teimoso e de pirraça, e a gente vai tomando que também sem a cachaça ninguém segura esse rojão
Enquanto isso vamos levando a vida, de teimoso e de pirraça, e a gente vai tomando que também sem a cachaça ninguém segura esse rojão
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