sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Condenada (por Thaís Azenha)





Com a tal paz que só um copo me traz
Amanheço imersa em pensamentos insólitos
Conheço essa dança que minh'alma desfaz
Mereço esse cubo de desespero frio e sólido
Nada é, nem faz, eu mesma não sou tão capaz
Permaneço alheia a movimentos e conflitos
Desconheço soluções, rotinas e ais
Reconheço que a dor deveria fazer um rodízio
Estendo os lábios como quem suplica
Um pouco de amor no frio de Brasília
Condenso em chamas a alma fugitiva
Consolo de um beijo e já com a fé perdida
Que seja doce minha queda, branda minha vida
Uma dose de liberdade pra uma condenada contida.

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