Big Bang
Provocada pelo filho do vento
Disforme e rejeitado
A partir da erupção quente
e densa
Do vulcão dantesco
A expansão dos meus dissabores
Arranca minha pele
Dilacera minha carne
Deixa expostos meus temores.
Com a alma em carne morta, eu existo
Nascida da explosão vazia
Que ecoa num grito expressionista
Da arte demente de Munch
E percorre, tortuoso, o papel
Misturando letras com lágrimas
De água e óleo na pedra calcária
Imprimindo meu pesar
Em recitativa ária
De uma diestesia
evoco o grande Shaman
Que cala
todos os sinos para que eu vire poeta
Transformando
em arte a minha agonia
Porque o Big
Bang da Alma é a poesia
Aline Lua
Adorei, muito legal. Aliás gostei de todos os textos que li. Vocês são muito inteligentes, criativas e divertidas. Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirObrigada Andréa Sâmia, nós é que agradecemos a paciência!!!! kkkkk
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