Dalí
Levitando no Deserto a Rosa meditativa
Contempla, como Gala, o mar que não existe
Tentando tornar invisíveis as manchas da alma
Desenhadas a carvão.
O inconsciente freudiano assassina a razão
Alimentando com abstração o Cão Andaluz
Saciando sua sede com desejos líquidos
Nega-se a carregar a cruz da ingenuidade cínica
Lábios de madeira e cetim salvam a vida onírica
Ironicamente pessimista
Das formigas que, no outono, se tornam canibais
Borboletas ancoradas ao cais
Absurdas e ilógicas
Ingenuamente se
opondo ao equilíbrio
Estranha imagem persiste na memória
Gerando vida da contradição
Carrega no peito o céu da Glória
Irritando com genialidade
Os juízes atirados ao chão
Aline Lua
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