segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Palíndromo do Chico (Indicado por Rubião)





Chico Buarque de Hollanda, o nosso Chico, realmente é um personagem à parte no cenário da Música Popular Brasileira. Sempre brincalhão é até difícil imaginá-lo tenso ou nervoso com alguma situação, mesmo que isso aconteça com todo mundo.

Pois bem, em julho de 1986, Chico morava na Itália e produzia um espetáculo da Bethânia. Aproveitando isso, o lendário Jornal Pasquim o convidou para ser seu correspondente internacional, o que foi prontamente aceito. Porém, justamente naquele período de stress pré-estréia, Chico foi incumbido de escrever alguma coisa para o primeiro número do Pasquim paulista. Ele refutou a idéia a priori, mas ofereceu uma inusitada solução. Leia o diálogo com Jaguar, que era o editor do tablóide à época, e descubra.

Por: rsq

(Chico)- “Minha agenda estourou. Tô enlouquecido, ensaiando o show com Bethânia para o dia 2 em Paris.”

(Jaguar)- “Pô, Chico, tremenda sacanagem nos deixar na mão!”

(Chico)- “Fazer matéria nem pensar, mas se vocês quiserem um palíndromo…”

(Palíndromo, como talvez só o Houaiss saiba, é uma frase que significa literalmente o mesmo, seja lida de cá pra lá, como de lá pra cá, da direita para a esquerda.)

(Chico)- “Levei 5 horas fazendo, insônia. É pegar ou largar.”

(Jaguar)- “Peguei. O Palíndromo do Chico: ´Até Reagan Sibarita Tira Bisnaga Ereta´”.

Diálogo retirado do Pasquim número XVIII
Data: 13 a 10 de julho de 1986

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