quarta-feira, 9 de maio de 2012

Carrossel (Por Thaís Azenha)





Parei em uma roda gigante
que confunde minha mente:
Se de cima desejo me jogar,
embaixo não existo.
E essa louca distância,
viver e morrer,
leva-me a lugar algum
quando a noite se desfaz.

As luzes vejo de relance,
ao piscar lentamente,
E a certeza de nada poder esperar.
Então porque não me divirto?
Apagando algumas lembranças,
tentando sobreviver,
não há sentido nenhum
para estar em paz.

Minha cabeça não para de rodar
como um carrossel,
Pensei ter ouvido sua voz
mas veio do copo,
onde sobra um whisky já sem gelo,
E onde sobram memórias.
Sombras de corséis coloridos
me enganam de forma cruel.

Do trem fantasma vou me jogar
para enfim ver o céu,
Deixar de ser meu algoz
e não fugir do escopo.
Pretendo não ceder ao seu velho apelo
e não mais em minhas papilas
sentir seu beijo corrosivo,
nunca mais voltarei a esse hotel.

Enlouquecendo nesse quarto de hotel,
lá vou eu de novo,
já não tenho planos.
Sigo enlouquecendo em um quarto de hotel,
E o que eu fizer aqui,
Vai ficar aqui.



por  Thaís  



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