quinta-feira, 24 de maio de 2012

Tenaz (Por Thaís Azenha)



Eu despertei de um sonho de mil anos,
por caminhos andei.
Percebi que sua voz que dominava,
chegava a me possuir.
Mas ainda há palavras por dizer,
há coisas que não consigo entender
Se eu minto, assim, com naturalidade
e sentimos a mesma coisa,
a mesma percepção,
quem de nós diz a verdade?

Eu me sentei em meu próprio templo interno
e mantras entoei.
Então gritei por respostas de um anjo
que sempre esperei.
Mas ao abrir meus olhos quem avistei?
Vi seu rosto e em seus braços me joguei
em quem foi e é meu anjo a vida inteira,
e você disse isso primeiro,
de novo a mesma coisa,
de novo o mesmo sentimento.
Quem de nós não é verdadeiro?

Eu procurei palavras por dizer
mas não as encontrei
Então cantei seu nome em mantras puros
com um Deus que inventei.
E essa Lua que já me pôs tão contida,
que tanto faz parte da minha vida
Essa Lua que hoje uniu dois seres,
através de meus pedidos,
em forma de ritos,
hoje eles são sentidos
como emanações.


E ao dormir sempre me aproximo mais,
Você me causa uma desordem tão tenaz.
E é por isso que abafo os meus gemidos,
e chamo por você em cantos escondidos.

Não é que eu não queira estar ao seu lado,
e abandonar todas as marcas do passado,
mas as raízes que tenho ainda são fortes,
podem abrir feridas mesmo sem um corte.







Nenhum comentário:

Postar um comentário