Eterno retorno é um conceito filosófico formulado por Friedrich Nietzsche. Em alemão o termo é Ewige Wiederkunft. Uma síntese dessa teoria é encontrada em A Gaia Ciência:
Tudo o que a filosofia já esperava a ciência também buscava e é a junção das duas que faz com que tudo tenha um objetivo subjetivo, sem verdades absolutas.
2"E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: "Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência - e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!". Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: "Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!" Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: "Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?" pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?"
Nós vivenciamos isso no dia a dia, cada um é do seu modo e tem seu espaço. Não, não quero ter que viver nesse mundo pra sempre, quero poder acreditar, e mais ainda de vivenciar as dimensões que nos esperam em cada buraco de minhoca que encontrar pelo caminho.
“Somos, pelo menos temporariamente, únicos – até que outra espécie desenvolva linguagem e tudo o que vem com ela – e nossos “eus” não são órgãos e, certamente, não são substâncias imateriais (egos ou res cogitans cartesianos). O “eu” é uma ficção útil, como os centros de gravidade, na Física. ” Daniel Dennet.
by Thaís Azenha
Nenhum comentário:
Postar um comentário